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quarta-feira, 25 de julho de 2007

No clima, construção civil vale três Quiotos

Oslo/Nairobi, 29 Março 2007 - Benefícios significativos podem ser alcançados com esforços para combater o aquecimento global, com a redução do uso de energia e o melhoramento da eficiência o do seu uso em prédios.

A mistura correta entre uma apropriada regulamentação governamental, um aprimoramento do uso de tecnologias para economia energética e uma mudança comportamental, pode reduzir substancialmente as emissões de dióxido de carbono (CO2) do setor de construção civil, que acumula cerca de 30 a 40% do uso global de energia, diz o novo relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEP, sigla em ingês de United Nations Environment Programme) Construções Sustentáveis e Iniciativa Imobiliária (SBCI, Sustainable Construction and Building Initiative).

O novo relatório, Construções e Mudanças Climáticas: Status, Desafios e Oportunidades, diz que existem muitas oportunidades para governos, indústrias e consumidores realizarem ações apropriadas durante o tempo de vida dos prédios, o que pode minimizar os impactos do aquecimento global.

Citando o exemplo da Europa, o relatório diz que mais de um quinto do consumo de energia e mais de 45 milhões tonelada de CO2 poderiam ser economizados por ano até 2010 com a aplicação de medidas mais ambiciosas para prédios novos e já existentes.

Achim Steiner, Vice Secretário Geral da ONU e Diretor Executivo do UNEP, disse “Eficiência energética, junto com formas limpas e renováveis de gerar energia, é um dos pilares perante os quais um mundo sem carbono irá resitir ou desabar. As economias que já podem ser feitas são potencialmente grandes e o custo para implementá-las é relativamente barato, se um número suficiente de governos, indústrias, empresários e consumidores agirem”.

“Esse relatório foca o setor de construção civil. Por algumas estimativas conservadoras, o setor de construção civil mundial poderia liberar emissões reduzidas em 1.8 bilhões de toneladas de CO2. Uma polícia mais agressiva de eficiência de energia pode liberar mais de dois blihões de toneladas ou perto de três vezes a quantidade programada para ser reduzida pelo Protocolo de Kyoto” ele adicionou.

“Existem mais frutas baixas para serem colhidas. Vários países, incluindo Austrália, Cuba e a União Européia estão cuidando para gradualmente ou totalmente banir o uso de lâmpadas incandescentes que estão no mercado por mais de um século em vários modelos. A agência Internacional de Energia estima que uma total mudança global para lâmpadas compactas fluorescentes pouparia, em 2010, 470 milhões de toneladas de CO2 ou um pouco mais do que a metade das reduções de Kyoto. Nós temos que perguntar quais são os obstáculos – se tiver algum – para alcançar uma mudança tão positiva de redução de custos e tomar previdências decisiva e rapidamente para superá-los, se, eles existirem” disse Sr Steiner.

Pontos chave para os relatórios de contruções e mudanças climáticas

No tempo de vida de um prédio comum, a maior parte da energia é consumida, não para a contrução, mas durante o período que o prédio está sendo usado. Isto é, quando a energia está sendo usada para aquecimento, refrigeramento, ilumação, cozimento, ventilação e outros.

Reconhecendo isso, o relatório apressa um o uso melhorado de tecnologias como isolamento térmico, sombra solar e, iluminação e utensílios eletrônicos mais eficientes, assim como a importância de campanhas de educação e advestências.

“Para alcançar maior efciência energética em prédios, você geralmente não precisa usar soluções tecnológicas avançadas e caras, mas soluções simples, como projetos inteligentes, soluções flexíveis de energia e fornecimento de informação apropriada aos usuários do prédio” diz Oliver Luneau, SBCI Presidente e Diretor de sustentabilidade da Lafarge.

“Soluções simples podem incluir sombras e ventilação natural, uso de materiais reciclados de prédios, adequação do tamanho e da forma do prédio para seu propósito de uso etc” disse ele. “É claro que você pode alcançar resultados até melhores, se soluções mais avançadas forem usadas, como iluminação inteligente e sistema de ventilação, baixa temperatura de aquecimento e refrigeração e economia de energia de uso domético”.

Em acréscimo ao melhoramento do uso de tecnologias para economia de energia, o relatório ressalta a importância de políticas governamentais apropriadas no código do prédio, preço de energia e incentivos financeiros que encoragem a redução do consumo de energia.

Também é enfatizado que o setor imobiliário aposta nele mesmo, incluindo investidores, arquitetos, donos de propriedades, companhias de construção, inquilinos, etc. precisam entender e apoiar essas políticas para que elas funcionem com eficiência.

O relatório também aponta que tentativas para encontrar soluções para os prédios irão variar.

Em países desenvolvidos o principal desafio é alcançar uma redução de emissões entre os muitos prédios existentes, e isso pode ser feito basicamente com a redução do uso de energia.

Em outras partes do mundo, especialmente lugares como a China, onde quase 2 bilhões de metros quadrados são ocupados anualmente com novas construções, o desafio é passar direto para soluções energéticas mais eficientes, diz o relatório.

O relatório de Construções e Mudanças Climáticas será apresentado no encontro anual da SBCI, que acontecerá em Rabat, Marrocos, de 2 a 4 de Abril de 2007.

A SBCI é uma parceria internacional para “deixar verde” o multi-bilionário setor de prédios e construções. Inaugurado há um ano atrás junto com o UNEP, hoje tem cerca de trinta membros incluindo alguns dos maiores nomes da área como Lafarge, Skanska e Arcelor.

A secretaria da SBCI está alojada junto a Divisão de Tecnologia, Indústria e Economia do UNEP em Paris.

Cópias do relatório sobre Construções e Mudanças Climáticas UNEP SBCI podem ser baixadas nos endereços http://www.unep.fr/ ou www.unep.org


Texto retirado deste link:

http://www.onu-brasil.org.br/view_news.php?id=5517


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