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domingo, 30 de setembro de 2007

Novas fotos do Burj Dubai

O Burj Dubai já é o maior edifício do mundo. Foi no dia 13 deste mês que o prédio ultrapassou a CN Tower, no Canadá, em 2 metros de altura, totalizando 555 mteros de altura.


Na última atualização, dia 27, o prédio já somava mais 9 metros estando agora com 564,2 metros de altura.
Vejam abaixo fotos recentes do Burj Dubai.



sexta-feira, 14 de setembro de 2007

McLaren Technology Centre

Como um grande portal iluminado, às margens de um lago artificial, o edifício do McLaren Technology Centre surgiu na mente do construtor de Fórmula 1 Ron Dennis e foi materializado pelo arquiteto Norman Foster, junto com o time dos sonhos da construção civil européia.

No briefing apresentado ao arquiteto, Ron Dennis, presidente do TAG McLaren Group, resumia, de forma objetiva, suas expectativas sobre o McLaren Technology Centre: “90% Nasa e 10% Disney”. Alguns dos conceitos aplicados no desenvolvimento das máquinas da Fórmula 1 foram transportados para as especificações do projeto. O alto padrão em design e tecnologia aplicado na obra - uma exigência do proprietário - é um dos destaques do conjunto de edifícios implantado em Woking, a sudoeste de Londres.

A nova sede, na concepção de Dennis, deverá transformar-se em elemento de referência com o qual os projetos de edifícios industriais deverão confrontar-se no futuro. Essa idéia ambiciosa levou à escolha, para o centro, do nome Paragon - que, em inglês, significa modelo de perfeição e protótipo, conceitos que norteiam o mundo do automobilismo.

“O diferencial de desempenho das equipes de Fórmula 1 equivale a 7% da sua base para o topo; já nas equipes líderes, essa distância não passa de 1%. Impor as máximas exigências, otimizar fatores produtivos e anular os efeitos de imprevistos - que em frações de segundo decidem a vitória ou a derrota - significam levar homem e máquina ao limite de sua capacidade”, afirma Dennis. Essas premissas se transferiram para o desenvolvimento do projeto.


Pela primeira vez, todos os setores do TAG McLaren Group estarão reunidos no mesmo edifício, que, em seus dois andares, abrigará estúdios de design, oficinas, centros de pesquisa e desenvolvimento, centro de visitações e museu. Também estarão funcionando nas novas instalações os setores de produção de fibra-carbono, motores e protótipos e de fabricação de carros de corrida, incluindo o novo e exclusivo Mercedes SLR. Para desenvolver os testes de aerodinâmica nos modelos de Fórmula 1, foi construído um túnel de vento.

Era desejo de Dennis que o edifício simbolizasse o alto desempenho da empresa e proporcionasse “um ambiente de trabalho tão agradável, que os funcionários preferissem lá permanecer em vez de ir para suas casas”. Para desenvolver o projeto, Norman Foster escolheu a forma de um círculo, cortado ao meio por uma linha em forma de S, que remete às pistas de corridas. O traçado marca o limite entre o edifício e um lago artificial, para o qual se abre a edificação. Juntos, eles fecham o círculo. Os setores do grupo ocupam espaços distintos do prédio, separados por vias de seis metros de largura. Estas recebem luz natural através da fachada de vidro, de 7,5 metros de altura, voltada para o lago.

O desenho da fachada acompanha a curva em S que divide o círculo, favorecendo a incidência ideal de luz solar e possibilitando que, de todos os pontos do interior do prédio, possam ser avistados o lago e a vegetação do entorno. Um sistema de luzes, desenvolvido pela empresa italiana Targetti e localizado 25 milímetros abaixo da superfície do lago, ilumina a parte inferior da cobertura, que se projeta além da linha da fachada. O efeito de luz e sombra que ele produz, à noite, cria a ilusão de que a cobertura se encontra suspensa no ar, acima do edifício, enquanto o volume edificado ganha vários matizes de cor, refletindo-se no lago.


Com currículo que inclui trabalhos de excelência em obras mundialmente conhecidas - como o Piccadilly Circus, em Londres, o metrô de Bilbao, Espanha, e a Piazza della Scala, em Milão, Itália -, a Targetti é responsável pela instalação de todos os sistemas de iluminação do centro da McLaren.

Conceitos das tecnologias aeronáutica e automobilística foram adotados no projeto da fachada, desenvolvida com a participação de profissionais das equipes de Foster, da Schüco International e do setor de engenharia da McLaren. Para que ela fosse o mais transparente possível, excluiu-se, desde o início, a utilização do sistema stick (convencional), pois os perfis, por mais esbeltos que fossem, constituiriam barreiras visuais em determinados ângulos de visão. O vidro curvo, originalmente previsto, pôde ser substituído pelo plano, o que gerou economia na obra.

O sistema de contraventamento horizontal da fachada, chamado windblade, absorve e transmite as pressões de sucção e obstrução das ações do vento para as colunas internas de aço. Seguindo a modulação básica do projeto, foram adequados três windblades sobrepostos em espaçamento de 180 centímetros na vertical de cada módulo. As peças esbeltas de 25 milímetros de espessura em alumínio de liga especial, configuradas com corte computadorizado a laser, têm envergadura de 12 metros. Seu desenho curvilíneo remete ao suporte do spoiler do carro que em 1995 venceu a corrida de 24 horas de Le Mans.


Os windblades, concebidos como vigas para absorção das cargas horizontais, não estão aptos para absorver as verticais. Para essa função, foram projetadas hastes de aço inoxidável de cinco milímetros de espessura, fixadas às lajes de concreto, semelhantes às que reforçam os McLaren Mercedes da Fórmula 1. Juntos, os elementos de absorção de cargas criam o esqueleto construtivo que suporta 40 toneladas de vidro laminado. A construção é o resultado mais próximo daquele idealizado por Ron Dennis para obter transparência máxima na sinuosa e longa fachada principal.

Os perfis desenvolvidos pela Schüco foram modificados, para, em forma de semicírculo, corresponder ao desenho do projeto e à exigência de não utilizar silicone como elemento de vedação. A fachada posterior do edifício, as divisórias internas da área administrativa e dos boxes de produção seguem o mesmo princípio - neste último elas são desmontáveis, permitindo o deslocamento de equipamentos e máquinas.

Com capacidade para 50 mil metros cúbicos, o lago exerce papel importante no sistema de resfriamento, pois o excesso de calor do edifício é transferido para a água. O perímetro do lago, em forma de cascata contínua, torna a água elemento importante para o conceito integrado do sistema de refrigeração do túnel de vento, onde são feitos os testes de aerodinâmica nos modelos de carros de Fórmula 1. Para complementar a paisagem no entorno do edifício e criar um microclima, foram plantadas 100 mil árvores.


Texto retirado deste Link.

Acessem o site oficial:

http://www.mclaren.com/technologycentre/

terça-feira, 11 de setembro de 2007

Marmaray

Construir um túnel sob um rio ou um canal não é mais um desafio de engenharia. Mas uma audaciosa obra na Turquia tem chamado a atenção dos especialistas. Uma ferrovia passará por um túnel de mais de 76 quilômetros de extensão, com quase 1.500 metros, sob o Estreito de Bósforo, que divide a cidade de Istambul entre Europa e Ásia. Ele será o túnel mais profundo construído sob a água até o momento, a 56 metros da superfície. Para deixar tudo mais difícil, cerca de 16 quilômetros do trecho estão exatamente numa das áreas de maior ocorrência de terremotos no planeta. No projeto, grandes tremores de terra não são uma possibilidade. São uma certeza.

As obras da ferrovia, batizada Marmaray, estão em curso há quase um ano. O projeto recebeu esse nome por causa do Mar de Mármara, ao sul do estreito. Toda a área do túnel que ficará embaixo d'água está sendo montada em terra. Ela será imersa a partir de fevereiro de 2007. São 11 segmentos metálicos, de 135 metros de comprimento cada um, construídos em terra. Um dos segredos da obra está no ponto mais vulnerável do conjunto: a união dos segmentos será feita com estruturas de borracha. Elas impedem a entrada de água e garantem a flexibilidade necessária durante os terremotos, pois partes poderão se mover quando a terra tremer.

Outra preocupação da obra era o tipo de solo abaixo do túnel, arenoso. Áreas submersas muito arenosas podem se encher de água quando o terremoto é muito forte. Isso poderia destruir o túnel. Para resolver o problema, os segmentos metálicos do túnel são montados dentro de uma canaleta de 9 metros de profundidade. Ela faz parte de uma base de concreto com 16 metros de altura.

As perfurações para escavar o túnel partem dos dois lados do estreito. As máquinas que fazem esse trabalho avançam rápido, a uma média de 35 metros por dia. Às vezes, são forçadas a parar. Uma delas foi quando encontraram vestígios arqueológicos de um porto do século IV, da antiga Constantinopla, capital do Império Bizantino.

Outras obras importantes também já foram realizadas em áreas com tremores de terra. Em São Francisco, nos Estados Unidos, e em Osaka, no Japão - duas áreas muito suscetíveis a terremotos -, há túneis que já resistiram a tremores acima de 7 graus na escala Richter com pequenos danos. Com tantas preocupações para a segurança do túnel de Istambul, ele talvez se torne o abrigo mais seguro em caso de terremoto.

Texto retirado deste Link.

Veja abaixo, algumas fotos da construção da ferrovia:

O equipamento acima é a máquina utilizada para a perfuração dos túneis

Vejam também um vídeo que mostra como o túnel será construído:




Abaixo, o site do projeto Marmaray:

http://www.marmaray.com/index.asp


domingo, 9 de setembro de 2007

Nova York apresenta maquete do novo World Trade Center

A maquete foi apresentada na última quinta-feira (dia 6) no Marco Zero, mesmo local das antigas Torres Gêmeas, destruídas nos atentados de 11 de setembro. O projeto que prevê a construção de três prédios ainda precisa ser aprovado. A conclusão da obra é prevista para o final de 2012.
Vejam as fotos abaixo:

Imagem feita por um artista mostra como ficará Manhattan vista do rio Hudson após a construção dos prédios





sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Viaduto de Millau

No dia 14 de Dezembro de 2004 foi inaugurado o viaduto de Millau, no sul de França. Esta obra faraônica ultrapassa todos os superlativos. E muito justamente. Trata-se da ponte multi-cabos mais alta do mundo e foi montada em tempo recorde.

A sua função é facilitar substancialmente o tráfego do vale do Reno e acabar com as filas intermináveis que todos os anos irritavam as dezenas de milhares de pessoas que partiam ao sul de férias.

O viaduto de Millau é uma construção de uma beleza e de uma elegância excepcionais, que deve as suas qualidades técnicas ao aço de primeira qualidade fornecido pela Arcelor.

As negociações que conduziram à construção desta obra de arte notável levaram mais tempo do que os trabalhos propriamente ditos. Os primeiros estudos preparatórios datam já de 1987, mas foi preciso esperar até 1996 para obter consenso na abordagem técnica e arquitetônica do projeto.

Depois disso, o governo Francês ainda acrescentou dois anos para decidir concessionar a ponte. Em 2001, os responsáveis optaram por um tipo de construção em aço e, a partir de então, tudo foi feito muito rapidamente.



A construção do viaduto de Millau levou apenas 38 meses. Pouco tempo, dadas as dimensões impressionantes da obra. O tabuleiro tem 2.460 metros de comprimento, 32 metros de largura e 4,2 metros de espessura.

A ponte assenta em 7 pilares, sendo o sétimo pilar o mais curto, mas ainda assim com 77 metros de altura. O pilar mais alto é o segundo, com 244,8 metros. Os travamentos entre pilares são suspensos com dois tirantes. Estes tirantes são fixos por séries de 22 aos mastros, que se apoiam nos outros pilares.

Cada mastro ultrapassa o tabuleiro em 87 metros. Por outras palavras, o pilar mais alto e o seu respectivo mastro perfazem 340 metros, ou seja, mais 19 metros que a Torre Eiffel. O tabuleiro passa pelo vale do rio Tarn a 270 metros de altura do solo. Só o tabuleiro da Ponte Gorge no Colorado (EUA) consegue ser ainda mais alta, mas é um outro tipo de ponte, sem mastros.

O viaduto de Millau tem um peso total de 242.000 toneladas, o que é muito pouco no dizer dos especialistas. É a utilização do aço que lhe permitiu tal leveza.


No decurso dos três anos, a Arcelor Flat Carbon Steel Commercial forneceu 7.000 toneladas de aço laminado a quente à Profilafroid, que fabricou 173 elementos da ponte, os quais constituem a espinha dorsal do viaduto. O comprimento desses elementos varia entre os 16 e os 24 metros, mas a sua maior parte estão entre os 23 a 24 metros.

Estes elementos da ponte em aço foram montados no canteiro de obras mesmo antes de ser elevados nos pilares a partir das duas margens do Tarn, a uma velocidade de 8 metros por hora. Esta operação foi efetuada com uma precisão máxima, controlada em permanência por meio de satélites GPS. Foi a 28 de Maio de 2004, exatamente às 14h12min, que se uniram as duas margens.


As vantagens do aço

A estrutura metálica da ponte pesa 36.000 toneladas. Para além do aço laminado a quente, a Arcelor também forneceu outros volumes importantes de chapa e de perfis para a construção da ponte. O viaduto de Millau ilustra perfeitamente as múltiplas capacidades e possibilidades da construção em aço.

A maior parte dos elementos em aço foram soldadas, montadas e pintadas integralmente no solo e, em muitos casos, em oficinas. Trata-se de uma mais-valia no que respeita a qualidade, mas também quanto à segurança. E, sendo um produto chave-na-mão, representa uma redução de custos.

O aço é um material altamente reciclável. As construções em aço são relativamente leves - pesam cerca de duas vezes menos que uma construção em concreto - e necessitam de menor número de caminhões, por consequência, menos combustível e menos poluição atmosférica.

Outro aspecto favorável foi conseguir fundações menos pesadas e reduzir o número de mastros e de cabos para suportar o conjunto, o que tem uma incidência positiva na fatura final.

Deve-se ao Engenheiro Francês Michel Virgoleux a ideia de abraçar o vale do Tarn com uma ponte multi-cabos.

Com a ajuda do arquiteto britânico Lord Norman Foster, que tem reputação internacional com obras como o Reichstag de Berlim, a ponte Millennium em Londres e o Aeroporto Check Lap Kok International em Hong-Kong. Com todas elas, assinou uma obra admirável, que respeita o homem e a natureza.


Texto retirado deste Link.


Vejam também outra excelente matéria sobre o Viaduto de Millau, Clicando Aqui.

Abaixo, o site oficial do Viaduto de Millau:

http://www.leviaducdemillau.com/

Os caminhos da reciclagem

Pesquisadores da UnB mostram como o entulho pode ser reaproveitado nos canteiros de obras

Encontrar entulho misturado a lixo orgânico em locais proibidos é uma cena corriqueira em depósitos clandestinos de lixo no Distrito Federal. Dados do Laboratório do Ambiente Construído, Inclusão e Sustentabilidade (Lacis) da Universidade de Brasília (UnB) apontam que 50% do volume de lixo no DF são de restos de material de construção. O que poucos sabem, e que os técnicos do Lacis trabalham para tentar reverter esse dado, é que 80% desse material pode ser reciclado. Os entulhos da construção civil — pedaços de tijolos, pedras, caliça, placas de concreto, madeira etc. — podem voltar a ser matéria-prima nos canteiros de obras.

De acordo com a diretora do Serviço de Limpeza Urbana (SLU), Fátima Có, são recolhidas, por mês, cerca de 70 mil toneladas de entulho das ruas do DF. O mais grave, segundo Fátima, é que não há pontos de transbordo para entulho, a não ser o Lixão da Estrutural. “Nosso projeto é implantar 70 bases, que chamaremos de Eco Pontos para depositar entulhos, mas ainda estamos trabalhando para conseguir realizar o projeto”, diz a diretora.

Sobras de concreto, argamassa, tijolos, cerâmica. A equipe do Lacis formada por professores e alunos da graduação e pós-graduação da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Universidade de Brasília (FAU) estuda uma tecnologia de reciclagem de resíduos sólidos para que os materiais sejam reaproveitados em novas construções, após separados do lixo orgânico e triturados em um moinho de martelo. O resultado é um novo agregado, muito parecido com brita, que pode ser usado para a fabricação de base e sub-base de camadas de asfalto, pisos, meio-fio, placas de revestimento.

Fábrica de blocos

De acordo com a coordenadora do projeto, a professora Raquel Naves Blumenschein, o planeta inteiro ganha com a reciclagem de entulho. “Reutilizando esses materiais, deixamos de tirar matéria-prima da natureza. A reciclagem é feita em outros países, mas aqui no Brasil a iniciativa é tímida”, ressalta. Atualmente os estudantes da UnB e técnicos que atuam no Lacis estão se dedicando à fabricação de bloquetes de concreto para pisos. O material será utilizado no piso da nova sede do Centro de Desenvolvimento Sustentável (CDS) da UnB, que será construído em 2008. O trabalho faz parte do Programa de Gestão de Materiais (PGM), promovido pela UnB em parceria com o Sindicato da Indústria da Construção do DF (Sinduscon).

Os resíduos utilizados para a fabricação dos bloquetes serão retirados dos canteiros de obras da UnB e de empresas ligadas à Ascolis. Funcionários da prefeitura da UnB foram capacitados para recolher e transportar os resíduos. A professora explica que o processo é simples. Depois de passar restos de concreto usados em calçadas, ou de cerâmica no triturador, basta misturá-los com outros compostos. “ Aí é só dosar a quantidade de areia e cimento, de acordo com a aplicação que desejarmos”.

O projeto de gestão de entulho do Lacis começou em 2004 em parceria com o Centro de Desenvolvimento Sustentável da Universidade de Brasília (UnB) e a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU/UnB). A UnB também conta com apoio do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

Cerca de 1.650 trabalhadores em canteiros e obras já receberam orientações de como adotar a Resolução n º 307, do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), que ressalta a importância de minimizar os impactos ambientais causados pelo entulho. De acordo com a professora, poucas pessoas conhecem a resolução e com isso deixam de reaproveitar os materiais.

Na onda da sustentabilidade

Até agora, o bloquete para piso é o primeiro produto estudado pelo Lacir que terá uma destinação específica, a sede do Centro de Desenvolvimento Sustentável (CDS). A aluna do projeto Paula Medeiros Rodolpho observa que é possível produzir outros produtos, a partir dos blocos. “Dá para criar outros tipos de revestimento para piso e fazer blocos coloridos para calçadas. Com mais estudo, também será possível desenvolver, a partir da base, argamassa de revestimento”, explica.

Os bloquetes foram testados no Laboratório de Construção Civil do Senai. Passaram por testes de controle de qualidade da matéria-prima e foram aprovados. Nesses testes é possível avaliar a quantidade de cimento que o agregado precisa para ser misturado de acordo com a finalidade. “Os testes são fundamentais para certificarmos que o produto vai desempenhar sua finalidade. O produto tem que passar pelas normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas”, ressalta Henrique Tiveron, engenheiro civil coordenador do Laboratório de Construção Civil do Senai. O arquiteto que projetou a sede do CDS, Cláudio Queiroz, disse que além do piso fabricado a partir do entulho, todo o projeto será baseado em fundamentos da gestão de resíduos, racionalização da perda, conceitos de sustentabilidade.


Texto retirado deste Link.


segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Aquecedor solar de garrafa pet

Como pode uma idéia contribuir para a redução da degradação meio ambiente, trazer benefícios sociais e ainda ajudar na economia do lar? O comerciante de Tubarão José Alcino Alano, 54 anos, conseguiu juntar essas três características em um invento simples, mas revolucionário: um sistema de aquecimento solar de água feito com garrafas plásticas de refrigerante, o pet, e caixas de leite de um litro.

O esquema é mesmo dos aquecedores solares produzidos industrialmente, conhecido tecnicamente de sistema termo-sifão. A diferença está justamente do material utilizado. As garrafas, as caixas de leite e alguns metros de canos de PVC são utilizados para confeccionar o painel que serve para a aquecer a água. As caixinhas recortadas e os canos são pintados de preto fosco para absorverem a energia solar e a transformar em calor. As garrafas envolvem os canos por onde passa a água e mantém o calor através de efeito estufa. A água sai da caixa d’água em temperatura ambiente, passa lentamente pelo sistema, eleva a sua temperatura e volta para a caixa.

Após seis horas em média nesse ciclo constante, a água pode chegar a uma temperatura de até 38º Celsius no inverno sul-catarinense ou 50º no verão. “No inverno, como o frio é demais na nossa região, ás vezes ligamos o chuveiro elétrico com controle eletrônico no mínimo somente para dar aquecida a mais, pois o sistema já quebrou aquele gelo. Já no verão a água fica realmente quente e é preciso misturar com água fria para não se queimar”, conta seu José Alano, que usa o aquecedor de pet em sua casa desde outubro de 2002. “Resolvi elaborar esse projeto ao perceber o grande desperdício de plástico e de papel que promovemos ao jogarmos essas garrafas e caixas no lixo”, conta.

Na sua residência, o sistema abastece dois banheiros e custou um investimento total de R$ 83,00. Apesar de hoje estar precisando de uma ampliação, Zé Alano, como é mais conhecido, consegue economizar até 120 quilowatts de energia elétrica por mês.

O sonho do comerciante agora é ver o seu invento sendo utilizado em escolas, creches, entidades e pela comunidade em geral. “Nós registramos a patente não para desenvolver um processo industrial, mas justamente para evitar que outros não utilizem comercialmente a idéia”, ressalta. Para tanto, seu José tem buscado apoio de entidades para levar o seu projeto, que ainda não foi instalado em nenhum outro lugar, adiante. “Se você parar para pensar, vai perceber que, na verdade, não estou fazendo isso por caridade, afinal, reaproveitando o lixo, vou estar fazendo um mundo melhor para mim, para meus filhos para os meus netos”, diz empolgado. “Mas somente consegui chegar a esse resultado graças à ajuda da minha esposa, Lizete, e de meus filhos”.

Texto retirado deste Link.

Está disponível na internet um manual para quem queira fazer o seu aquecedor solar utilizando materiais descartáveis. O mesmo está disponível no link abaixo:

http://josealcinoalano.vilabol.uol.com.br/manual.htm