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quarta-feira, 11 de julho de 2007

Estádio Olímpico de Pequim (Estádio Nacional)

Alguns vêem um grande ninho de pássaros feito de metal; para outros a obra evoca a imagem da milenar porcelana Chinesa. Mas para quase todos que já viram os projetos do novo estádio olímpico de Pequim, batizado de Estádio Nacional, a estrutura pode ser resumida com uma única palavra: surpreendente. Sua fachada de aço é uma massa de vigas e treliças metálicas que se entrelaçam e se sobrepõe de uma forma chocante.
O estádio possui 220 por 330 metros, terá uma altura de 68 m e a área total de pisos é de 250.000 m2. A capacidade é de 91.000 espectadores. Segundo Michael Kwok, gerente geral, diretor do grupo Arup de Londres, e engenheiro estrutural do projeto de 500 milhões de dólares, o maior desafio será lidar com a geometria e instalação das peças de metal na treliça espacial. Segundo o arquiteto Herzog de Meuron, da Suíça, a idéia é que a fachada crie a impressão caótica da configuração das linhas da arte Chinesa. Por outro lado, para manter a integridade estrutural, os engenheiros impuseram uma ordem na forma de 24 arcos espaçados igualmente, formando um círculo na abertura central do teto do estádio. Os arcos servem para transmitir as cargas diretamente para a fundação. Para criar a impressão de linhas caóticas, foram criados membros metálicos secundários curvos que serão soldados ou aparafusados aos arcos principais.
Os arcos e peças secundárias formam uma treliça espacial que distribui de forma eficiente os ventos e cargas de gravidade. Os engenheiros modelaram a estrutura através de um programa de computador especialmente criado para esta finalidade. “Se voltarmos alguns anos, eu acho que seria muito difícil projetar esta forma sem um supercomputador ... seria quase impossível para um engenheiro projetar esta estrutura”, afirma Kwok.
As peças de metal formam caixas retangulares com seções de 1,2 m x 1,2 m, e comprimentos variáveis. A espessura do aço varia de 10 a 40 mm, podendo chegar a 100 mm de espessura em placas localizadas em locais de grande solicitação nas colunas principais.
O estádio estará localizado em uma das regiões de maior atividade sísmica do mundo. A treliça espacial tridimensional e seus membros secundários foram projetados para resistir a terremotos severos. Cada parte da estrutura, dividida em oito zonas, funciona como uma construção independente do restante, na ocorrência de um abalo sísmico.
A treliça espacial de aço forma uma fachada espetacular e o teto do estádio. Apesar de parecerem dispostos aleatoriamente, 24 peças espaçadas igualmente criam a estrutura principal. Usando softwares sofisticados de modelagem estrutural, os engenheiros projetaram os membros secundários para dar uma ilusão de configuração caótica das linhas, ao mesmo tempo em que se mantém uma integridade estrutural suficiente para resistir a terremotos severos.

Agora, algumas fotos do estádio.



Texto traduzido e adaptado da revista Civil Engineering – Abril / 2005


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