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sábado, 6 de outubro de 2007

Bambu: alternativa arquitetônica

Estudo da UnB mostra como fibra pode ser amplamente utilizada na construção civil

Com estrutura esteticamente agradável, o bambu permite que qualquer tipo de estrutura, desde uma simples casa até um museu, seja erguida. Sua aplicação pode ser largamente utilizada na construção civil. Entre usos mais comuns está a produção de forros e de placas de revestimento (que funcionam como azulejo), entre outras possibilidades. De acordo com o engenheiro civil e consultor técnico do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) Edson Sartori, que trabalha com bambu há mais de 10 anos, uma das maiores vantagens é a possibilidade de inclusão social.

Ele aponta que, além de gerar emprego, ele permite a construção de casas com menor custo e mais qualidade. “Esse é um excelente material para estruturas. Ele evita a degradação ambiental e não deixa de lado as soluções arquitetônicas madeiráveis, que são resistentes e bonitas”, avalia Sartori.

Para o professor do Departamento de Engenharia Civil da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) Khosrow Ghavani, a utilização do vegetal é ainda opção para evitar o êxodo rural, porque o bambu pode ser utilizado para a construção de moradias a baixo custo no campo. “No interior, há muitas casas de taipa com estrutura inadequada. Agora, temos a alternativa de oferecer imóveis de qualidade para a população”, afirma Ghavani.

BAIXO CUSTO - Segundo Sartori, o custo para erguer uma estrutura pré-moldada em bambu chega a ser 40% mais barato do que para uma convencional. O museu Memorial da Cultura Indígena, construído em Campo Grande (MS) em 1999, é um exemplo disso. Com área de 316 m², ele foi levantado em apenas dois meses e cada metro quadrado (m²) saiu por R$ 480,00. Se fosse no sistema convencional, uma edificação desse porte, que leva materiais como vidro em sua montagem, sairia por, pelo menos, R$ 900,00 o m².

O bambu também alcança índices de produtividade maiores do que o do eucalipto, comumente utilizado na construção civil. Essa árvore demora, em média, 12 anos para poder ser cortada. Já o bambu leva apenas quatro anos para poder ser utilizado e rebrota naturalmente. Segundo Sartori, outra vantagem é o fato de a mão-de-obra não precisar ser especializada. Profissionais podem, em poucos meses, capacitar comunidades para atuar no empreendimento, sob a supervisão de especialistas.

USO INADEQUADO - O engenheiro civil aponta que, no entanto, existe uma desvantagem cultural na utilização do bambu. Pelo fato de ser encarado como acessível, as pessoas o empregam, geralmente, sem método, técnica e seriedade. “É típico o uso para fazer galinheiros. Se houver tratamento, cálculo e projeto, ele pode ter alta rentabilidade e durabilidade”, afirma Sartori, que supervisiona o Programa de Habitação de Interesse Social com Pré-moldados de Três Rios (RJ). A iniciativa trabalha com capacitação de operários desde 2004 e, além de ter implantado uma fábrica de pré-moldados no município, já construiu cinco casas de bambu.

Cada uma delas tem área de 40m², dois quartos, sala, cozinha e banheiro. Os planos são de, até 2007, construir outras 10 casas. O custo de cada unidade é de R$ 12 mil para a prefeitura. As que eram construídas no sistema convencional tinham área de 30m² e saiam pelo preço de R$ 17 mil. “Falta encarar o bambu como elemento de mercado que possa ser utilizado amplamente na construção civil. Também seria importante desenvolver pesquisas sobre resíduos, borracha e plástico”, esclarece Sartori.


Texto retirado do site abaixo:

http://www.superobra.com/

Um comentário:

Anônimo disse...

Já assinei o RSS.
Muito bom, gostei do blog! Parabéns